Garra, raça e entrega sem fim

Existe uma diferença entre usar e vestir uma camisa; Gabriel a veste.

É difícil jogar em clube grande. É cada vez mais difícil fazer sucesso em clube gigante. Gabriel chegou no Palmeiras após sofrer um processo desgastante no Botafogo. Sabe-se lá quando receberá o restante de seu salário que atrasou. Seu futebol não atrasou e logo de cara já deixou uma marca bem legal no Palmeiras: de marcar e não se cansar.

Gabriel Girotto fez um bom Campeonato Brasileiro pelo Botafogo, em 2014. Se destacou por desarmar os adversários, para seu azar, o Botafogo estava desarmado e desamado por parte de uma gestão que não foi de encontro ao clube. Que ainda não está, não se encontrou. O volante agiu de modo profissional e buscou o melhor para si e o Palmeiras buscava um volante - que é posição de confiança - e a pedido de Oswaldo de Oliveira, houve o acerto. Tal acerto está saindo melhor que o esperado para um time que começou desajustado com inúmeros reforços e passou a se encontrar cada vez mais com Marcelo Oliveira.

Gabriel não aparenta os 23 anos que ostenta com muita raça. Existe uma diferença entre usar e vestir uma camisa; o volante veste, honra e começa a trilhar um rumo para ser ídolo num clube com a maior corneta do mundo: O Palmeiras. 

Gabriel segue conquistando o torcedor do Verde sem tantas palavras. Mas quando fala, conquista ainda mais.

Sobre a partida dificílima contra o Sport, o repórter indagou - pergunta óbvia -, mas com uma resposta cheia de ênfase do volante da SEP: Repórter "Palmeiras vai tentar a virada? Gabriel: "É lógico, Palmeiras não entra em campo para perder". Via: Estação Palestra.

Gabriel lembra o Pierre. Mais que o próprio. Tem uma saída de bola ainda melhor. Tem tudo para se sair melhor que o camisa 5 que deixou saudades no clube de Palestra Itália. Ele não tem uma "sombra". Não precisa. Precisa ser ele, como está sendo. Precisa respeitar a camisa, como veste. Faz dela a sua pele e se doa. O Palmeiras agradece. Gabriel não esquece da dificuldade que teve até chegar no Verde. Vive um grande momento de não esquecer de perseverar, acreditar que pode mais no clube que já amargou demais nos últimos anos. Ambos estão se encontrando.

Além dos 127 desarmes no Brasileirão de 2014; dos 51 nesta edição até aqui, Gabriel está desarmando a forte cobrança que o torcedor do Palmeiras costuma ter com os jogadores. Que continue assim. Continue crescendo. O futuro começa a partir hoje; está valendo! Gabriel está merecendo cada vez mais o carinho de uma torcida desarmada e de uma camisa que jamais será desamada como a do Palmeiras. Ele a veste!
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Autor: Thiago

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