A Academia Eterna do Palmeiras - Roberto Carlos

Excelência na lateral. Foto: Folha

Bomba. Calma. Não é algo negativo. É uma maneira de abrir a passagem de Roberto Carlos no futebol. Roberto Carlos da Silva Rocha nasceu com nome de cantor, em Garça, no interior de São Paulo, e foi por lá que iniciou sua vida no futebol. Destaque desde os tempos da base do União de Araras, no início dos anos 90. Força astronômica nas pernas e também em sua ascensão no esporte de gramado verde que não estava de acordo com a cor e grandeza do Palmeiras quando ele chegou. Mas chegaremos lá.


Após a aposentadoria do maior ídolo da história do Palmeiras, Ademir da Guia, o Verdão entrou num colapso de anos e mais anos sem conquistar títulos. Entre 1976 até que, em 1992 fechasse uma parceria com a Parmalat, possibilitando contratações de altíssimo nível e boas apostas, através de um modelo de gestão até então inovador no Brasil.

Logo em seu primeiro ano, o Palmeiras já mostrou resultados, mas ainda não veio o título, deixando mais um ano de fila até que em 1993...

Fim do jejum 
Início da carreira no União São João despertou o interesse no Palmeiras. Foto: Placar

Finalmente, com o time mais encorpado, já com a contratação de Roberto Carlos, 1993 foi o ano que do qual a fila tenebrosa sem títulos acabara no Palmeiras. Vitória maiúscula no tempo normal e na prorrogação, 4 a 0 sobre o Corinthians. Após o emblemático título no ainda mais emblemático estádio do Morumbi, o Verdão desencadeou uma sequência de resultados positivos.

Roberto Carlos demonstrara personalidade desde que chegou no Palmeiras: força aliada à sua técnica fez com que em apenas três temporadas deixasse marcada a sua história no Verde, com o bicampeonato Paulista e também o Brasileiro, 1993/1994, além de um Rio São Paulo no ano em que Verde saiu da fila.

Vencedor no Palmeiras. Foto: Acervo da SEP

O lateral esquerdo ganhou projeção graças ao Palmeiras e assim seguiu para o continente europeu, assinando contrato com a Inter de Milão, em 1995, clube que teve breve passagem. Após uma temporada na Itália, Roberto Carlos acertou sua ida ao Real Madrid; teve a sua melhor fase e idolatria, pois chegou em 1996 e ficou até 2007, neste período conquistou quatro campeonatos espanhóis, três vezes a Supercopa da Espanha, também por três vezes a Liga dos Campeões e dois mundiais.

Galáticos. Foto: Acervo do Real Madrid
A Seleção brasileira é um fator notório na vida de Roberto Carlos; atuou em três Copas do Mundo, 1998, 2002 e 2006, entre elas sendo campeão com a equipe comandada por Felipão em 2002, além de dois títulos da Copa América e um da Copa das Confederações. É o segundo jogador que mais atuou pela amarelinha, mas invariavelmente foi queimado após suposta falha na marcação, resultando no gol da França, que se classificou contra o Brasil em 2006.

A bomba com destino certo. O resto é história. Foto: Reuters
Após passagem pelo futebol turco (Fenerbahce), o atleta, por indicação de Ronaldo, foi parar no Corinthians (2010) que, por sua vez não deu certo por diversos fatores, dentre eles, principalmente atritos com sua torcida, apesar disso foi eleito o melhor lateral esquerdo do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Roberto Carlos jogou no futebol russo (Anzhi) - sendo que num breve período lidou com as funções de treinador e jogador - até que se aposentou em 2012 e engatou a função apenas fora do gramado, cargo que exerce até hoje. Atualmente trabalha no futebol indiano, com o propósito de enriquecer o esporte por lá e a si mesmo também. Reconsiderou a aposentadoria, treina e joga pelo Delhi Dynamus desde 2015.

Treinador e jogador. Foto retirada de sua página oficial no Facebook
Gera bronca se três temporadas foram o bastante para entrar neste seleto grupo ou, efusivamente jogar no maior rival acabe manchando sua passagem pelo Palmeiras. Mas estes argumentos se quebram na bomba que Roberto Carlos foi para o Verde, para o mundo e alimenta o desejo de treinar o gigante de SP um dia. 

O Palmeiras é cem vezes você e mais um pouco e a esquerda é fortíssima com Roberto Carlos que atuou na amarelinha, mas antes venceu demais no Verdão. Que colocara a equipe palestrina à frente do Real Madrid, tamanha importância e capacidade daquele time nos anos 90, que ficará marcado para sempre em sua história, misturada com a da torcida tão apaixonada pelo Verde.

FICHA TÉCNICA

Roberto Carlos da Silva Rocha
Garça (SP), 10/4/1973
Lateral-esquerdo
Palmeiras, de 1993 a 1995
185 jogos, 17 gols
2 Brasileiros (1993/1994)
2 Paulistas (1993/1994)
1 Rio São Paulo (1993)

Agradecimentos especiais e fontes: Livro Palmeiras, 100 Anos de Academia de Mauro Beting, Fox Sports, Placar e o site do Globo Esporte.






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Autor: Thiago

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