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Valdivia dando seus primeiros passos no Palmeiras (2006). Foto: Gazeta Press. |
Valdivia chegou no Palmeiras em 2006, por 8 milhões de reais. Grana exaustivamente discutida em sua contratação, mas não demorou muito para a dúvida virar certeza e o chileno ser tão querido naquele período.
2007 foi a temporada que ele se firmou no time titular. Formou dupla com Edmundo e encantava a torcida com jogadas fenomenais ao lado do Animal. Por pouco não rolou vaga na Libertadores, que ficara mais longe quando Valdivia foi suspenso por agressão num jogo contra o Vasco, ausentando-o da reta final da competição.
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Parceria com Edmundo deslanchou seu futebol. Foto: Globo Esporte. |
2008 foi o ano mais brilhante de Valdivia. Na temporada anterior (2007) se firmou e nesta, simplesmente botou o pé na forma e começou a fazer gols decisivos. Tempo de "chororô" frente aos rivais. Fundamental na conquista do campeonato Paulista de tal ano. Foi vendido no meio da temporada para o futebol árabe por 20 milhões de reais e a derrocada de sua carreira começou ali.
Valdivia era querido por lá, conquistou 3 títulos e através da ousadia de Luiz Gonzaga Belluzzo, retornou ao Palmeiras em 2010 por um valor abismal de 13 milhões de reais. Estourado, leia-se.
Entendo que seja frustrante escrever que Valdivia poderia ter sido muito mais no Palmeiras em sua segunda e muito provavelmente última passagem pelo clube. Mais ídolo pra quem o considera como tal. Mais pessoa pra quem o considera um chinelo. Menos estourado que seu corpo estourado denunciava numa DM que recebeu críticas também. Que ele poderia ter sido o que foi no país que representa, chileno e mais palmeirense por aqui.
Valdivia poderia ter sido mais que números. Poderia ter sido o 10 inteiro que seu corpo pela metade não estava conseguindo render. E quando tinha um terço de sua capacidade, colocava no bolso seus adversários.
O torcedor palestrino cobra sem piedade se perceber que falta sequência. Faltou e quando esteve em campo, é fácil entender que Valdivia esbanjou bom futebol, por conta disso gerando ainda mais descontentamento do torcedor de seu clube. Loucura de compreensão justa.
Problemas com bebida que, por mais que o tenham prejudicado, ele sabe melhor do que qualquer um que isto o deixou marcado no clube. Inegável. Pro palmeirense mais exigente, um crime inafiançável do último 10 que brilhou os olhos em seus bons tempos. Não que outros bebiam menos. Mas tantos bebiam até mais e não deixavam brechas para as cornetas. Valdivia deixou diversas.
Valdivia foi importante, embora não tenha atuado bastante no título da Copa do Brasil de 2012. Fez gol no segundo jogo da semifinal contra o Grêmio e na final contra o Coritiba, marcou de pênalti na primeira partida. Dois títulos em suas duas passagens pelo Palmeiras. Um rebaixamento que valeu por dois quando um clube cai pela primeira vez e não aprende a lição. O Palmeiras custou para aprender e Valdivia entender que era importante nisso.
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Valdivia sendo decisivo na reta final da Copa do Brasil de 2012. Foto: Globo Esporte. |
Existia a promessa de Valdivia para Lucas, na Santa Casa, em 2014. Não fez o gol, mas marcou um "golaço" para aquele garoto que ali estava. Camisa autografada para o menino que o tanto admirava. Tão apaixonado quanto qualquer outro torcedor palmeirense. Que não é menos por gostar dele. Que é demais por ser quem é. De se emocionar. Ficou devendo por aqui, o garoto não.
Não que eu queira que ele seja tratado como santo. Não que eu entenda que ele poderia ter feito mais. Ele sabe demais frente a isso.
147 partidas jogadas de 333; 23 assistências e 17 gols. Esta foi a segunda passagem de Valdivia pelo Palmeiras.
Valdivia deixou muita magia por aí. Saudades não se sabe. Ódio, quem sabe. Mas deixou claro que tinha capacidade para atuar no Palmeiras. Seus erros o impediram.
Até mais ver, Valdivia.
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