Como me tornei Palmeirense... #3

Apesar de todas as crises palmeirenses que vivi, minha mãe sempre soube lidar com as minhas crises.
O Palmeiras já existia antes do meu nascimento e continuará vivendo após a minha morte. Me tornei palmeirense numa época nada relacionada ao sofrimento que estamos vivendo nos últimos anos.

Sou filho de um apaixonado por futebol, em comum temos o branco, o filho, vejamos... Longa história, que só não é maior que o clube que cada um ama; Minha mãe já se declarou são paulina, mas se declarava mais palestrina quando o filho palmeirense que tinha não via um Palmeiras em campo; dava apoio, até com manto, aturando tanto pranto.

O pai enxergava no filho caçula que nasceu nos anos noventa, algo que viveu nos anos setenta/oitenta: Via um garotinho apaixonado por futebol, sonhando com idas ao estádio, como ele era, nem tanto quanto o meu irmão, que é verde também, igual no amor, porém nada varrido em relação para quem faz da sua casa, um Palestra, de se casar com o Palmeiras, pro azar de seu pai, uma casa oposta a dele.

Amor de pai para filho, só que pelo futebol. Traçamos rumos diferentes, amores diferentes que combinam tão bem. Somos um clássico.
Num certo dia dos anos 90, o pai colocou uma camisa branca lisa em seu filho (que amamos), mas colocou um calção preto naquele que nem sabia o que era e hoje mais desentende do que entende, parecia repelente, não ficou nada legal nele, talvez a gente se entende desentendendo, mas o caçula segue vivendo o Verde até hoje.

Assistíamos um Palmeiras x Corinthians até que o Verde fez um gol, o garotinho apaixonado por futebol tinha um problema na fala, demorou para dizer as suas primeiras palavras, dificuldades para se expressar e se expressou no gol contra o time preto e branco: saiu dos braços do seu velho, foi até a TV e disse "Palmeilas". O começo sem fim se originou num dia de frustração dupla para o babbo que viu o seu time perder em campo e o seu filho ganhou um Palmeiras, o maior presente de sua vida, tanto no passado, futuro e certeza no presente.

Obrigado, pai, por ter me ensinado a amar o futebol. Obrigado mãe, por ter lembrado desta história dizendo como me tornei palmeirense. Obrigado, Palmeiras, cheguei até aqui e devo muito ao Verde de Palestra Itália que não me deve nada.
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Autor: Thiago

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