Verdãolizando #2: linha atacante de raça


A Sociedade Esportiva Palmeiras é um time de tradição incontestável. São 100 anos de história. Nesse meio tempo foram 5.693 partidas disputadas com 3.033 vitórias do Alviverde.

Do gol de Bianco, no dia 24 de janeiro de 1915 na vitória contra o Sávoia por 2 a 0, ao gol de Gabriel, no dia 7 de junho de 2015 na derrota para o Figueirense por 2 a 1, foram 10.975 gols marcados. Do Campeonato Paulista de 1920 conquistado, na Chácara do Forte, diante o Paulistano com gol do título marcado por Matheus Forte, ao título da Copa do Brasil de 2012 conquistado em pleno Couto Pereira diante o Coritiba com gol do título marcado por Betinho, foram exatos 48 títulos (não contei as duas Série B, só para constar).

Mesmo assim, independentemente de estatísticas ou fatos históricos que eu possa descrever, dentro de campo o Palmeiras sempre será lembrado pela "Defesa que ninguém passa...". Não é por menos. Um clube que teve entre goleiros e beques nomes como: Aymoré Moreira, Emerson Leão, Sérgio, Valdir Joaquim de Moraes, Zetti, Alfredo Mostarda, Antônio Carlos, Bianco, Clebão, Djalma Dias, Luís Pereira, Roque Júnior, Vágner Bacharel etc, e que dentre jogadores de defesa em sua história revelou nome como: Marcos, Fábio Crippa, Nascimento, Oberdan Cattani, Primo Zanotta, Velloso, Junqueira, Tonhão, Valdemar Carabina, entre outros monstros, tem que ser lembrado pela sua fantástica fábrica de defensores. 

Mesmo assim, o que poucos se lembram é que quando o Dr. Antônio Cergi  - ou o seu pseudônimo, Gennaro Rodrigues - escreveu o hino do Palmeiras em 1949, ele destacou que após à "Defesa que ninguém passa" vem a "Linha Atacante de Raça". E, na boa, um clube com quase cinquenta títulos e mais de dez mil gols não pode ter vivido apenas de ótimos defensores. 

Na nossa história tivemos Evair, Gino Imparato, Rodrigues, Heitor, Vavá, Edmundo, Edu Bala, Echevarrieta, César Maluco, Leivinha, entre muitos, mas muitos outros CRAQUES que formaram nossa linha atacante de raça e fizeram a nossa torcida cantar e vibrar. Não torcedor do Século XXI, nós não fomos sempre dependentes de Gioinos, Caio Manchas, Leandro Pereiras e Cristaldos da vida. Nossa linha atacante sempre foi de raça, técnica e muita competência. 

Por fim, qual é o intuito deste texto? Eu explico. Hoje, a principal carência do time montado por Oswaldo de Oliveira é um centro avante de qualidade da cabeça de área. Um goleador. Um chutador. Um cabeceador. 

E parece que Alecsandro vem aí. Um jogador eficaz para o sistema montado por Oswaldo. Entretanto, com 34 anos o jogador já vestiu grandes camisas do futebol brasileiro como: Cruzeiro, Atlético/MG, Flamengo, Vasco, Internacional etc, mas nunca se firmou completamente nestes clubes. Sempre seus gols jogos sim outro não, mas nunca chegou a ser brigador, nunca ralou a bunda no chão, como um jogador que arranca o sorriso do rosto dos torcedores. 

Será a primeira oportunidade de Alecsandro no futebol da Grande São Paulo e justamente no maior de todo, o Palmeiras. 

Serei bem enfático e deveras sincero na minha colocação. Como palmeirense que sou, o nome de Alecsandro não me apetece muito. Posso me enganar e daqui alguns meses estar o elogiando, afinal, qual torcedor não se equivoca? Mesmo assim, de início, o que eu desejo para o provável novo centro avante palmeirense, é que ele honre muito a nossa camisa. 
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Autor: fábio

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