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Palmeiras sofre maior revés de sua temporada contra a Chapecoense. Foto: R7 |
A Chapecoense é um verde que tricolores, pretos no branco, brancos no preto e tantas outras cores abraçaram neste final de semana. É do futebol. Não é normal perder de 5. Mas seria anormal jogar o ano do Palmeiras no lixo após tomar 5. Isto, por sua vez, não é normal, repito.
Mantive o ritual: atrasar o máximo que pudesse para trazer sorte. Atrasei. Sortudo é tudo que não sou. Doente e mais um pouco. Porco. Chato. Indigesto sem remédios. Mais ainda com eles.
Cheguei com 2 a 0 a favor do clube catarinense. Cheguei antes do Palmeiras entrar em campo. Sequer entrou, com ressalvas. Fernando Prass, apesar dos gols tomados, evitou tantos outros e Dudu segue sendo importante no time, não por ter feito gol. Mas por não se abater num jogo tão apático como um todo.
Com o passar dos anos e do atravessar das desgraças, o torcedor palmeirense criou um estigma de perceber em segundos o que poderia acontecer em 90 minutos. Eu percebi. Não conseguia falar sobre "figurinhas" sem, ao menos, pensar no que poderia acontecer na segunda etapa que deixaria minha segunda nublada. Faça o sol que for. Não fez - se fez, não vi.
É normal em território nacional a escolha de culpados. É de lei. Mais ou menos o mesmo de sempre.
Gabriel Jesus oscilará bastante no Palmeiras. É jovem. É verde de coração e de experiência - ou falta dela.
Egídio, de longe, é o mais criticado. Não esperava um lateral de grande porte na marcação. Poucos esperavam (leia-se ninguém) a lesão de Gabriel Girotto que cobria, passava o pano e a régua na marcação. Nem Amaral, que ainda não jogou bem. Arouca, que, infelizmente, se lesionou novamente. Andrei renderia um pouco mais se estivesse ao lado de um Thiago Santos na marcação como primeiro volante. Este, suspenso.
Não se pode jogar a bronca em apenas um jogador. Não. O Verde é imprevisível por jogos que fogem um pouco da explicação.
Marcelo Oliveira precisa se ajustar taticamente. Se perdeu um pouco neste aspecto. Pode encurtar as rédeas de um grupo que oscila e afrouxa a marcação. Seria o fim do mundo, mas a inteligência que possui, me faz pensar o contrário. Tende a acertar.
O bom jogador que é o Camilo. O Ananias (aquele!) e Apodi fizeram chover dor de cabeça pro palmeirense. Resultado justo, 5 a 1 a favor da Chapecoense.
Não existe o "time do ano que vem" se, por sua vez, nos últimos anos, sequer tinha time para representar o ano seguinte. Este, tem chão ainda. Quer dizer, gramado.
O Palmeiras esteve suspenso nesta rodada que se passou. A paciência do torcedor que é menor que o intervalo de tempo da tristeza de ser eliminado na Copa do Brasil pelo Inter, esteve presente também. É do futebol. É da corneta. É do Parmera.
O torcedor cobra sem piedade se faltar vontade. Faltou muita coisa. Mas num time que segue vivo pelo G4, Copa do Brasil e bateu de frente com todos os rivais, não deva ser isso. Um dia para se esquecer. Eu prefiro lembrar. Ressaltar que o jogo seguinte será outra pegada.
Trocaremos figurinhas, ainda. Este grupo renderá boas figuras também.
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