O Supercampeão



Neste domingo no Allianz Parque e no próximo na Vila Belmiro, Palmeiras e Santos decidem quem será o Campeão Paulista 2015. Apesar dos 22 títulos do clube da capital e 20 da equipe litorânea. O Clássico da Saudade decidiu o Campeonato Estadual apenas um vez, no ano de 1959, em três partidas finais emocionantes, que curiosamente foram realizados apenas no ano seguinte.

Palmeiras e Santos depois de 38 jogos, ficaram exatamente com os mesmos 63 pontos (nota: naquela época a vitória valia 2 pontos). Devido a isso, a Federação Paulista de Futebol, optou por fazer um jogo desempate no Pacaembu, quem vencesse seria o campeão, em caso de empate teria uma segunda partida, assim a imprensa começou a chamar de Supercampeonato Paulista de 1959, devido ao equilíbrio.

Santos que tinha feito “apenas” 151 gols nos 38 jogos, contava com dois desfalques Jair da Rosa Pinto, ídolo palmeirense, Participou das 5 Coroas (cinco títulos seguidos que o Palmeiras ganhou entre 1950 a 51, incluindo a Copa Rio) e Pagão. No lugar do último citado, entrou um menino de 16 anos chamado Coutinho, talvez o melhor parceiro que Pelé já teve. O duelo foi realizado no dia 05 de janeiro, numa terça-feira. Pelé abre o placar aos 22 minutos. O que chamam de volante moderno atualmente, Zequinha fazia naquela época. Marcava muito, tinha bom passe e ariscava chutes de longa distância, ganhou a Copa do Mundo em 1962, fez o gol de empate palmeirense aos 34 minutos. Resultado justo.

Dois dias depois no mesmo Pacaembu, teve o segundo jogo para ver quem seria o supercampeão, se houvesse um novo empate, teria um terceiro encontro no domingo. Nesse jogo, o genial técnico do Palmeiras Oswaldo Brandão sacou o ponta-esquerda Géo, descolou o Romeiro para a ponta e colocar o Nardo, para acompanhar o grande atacante Américo pelo meio. Aos 39 minutos, o zagueiro Aldemar puxou Pelé na área, pênalti onde Pepe bateu com violência, sem chances para Valdir Joaquim de Morais. O alviverde volta voando depois do intervalo, logo aos 2 minutos, o lateral santista Getúlio faz um gol contra. Mais dois minutos, o meia Chinesinho, alguns achavam que ele jogou mais que o Ademir, virou o jogo para o alviverde.  Aos 35 minutos, novo pênalti para Santos, dessa vez cometido por Djalma Santos e Pepe mais uma vez bate forte no canto esquerdo, Valdir até toca na bola, mas quase entra com bola e tudo, tamanha força do chute.

Com esse novo empate, teve um terceiro jogo, no dia 10 de janeiro de 1960, se tivesse um novo empate haveria uma prorrogação de 30 minutos, continuando empatado, mais 15 minutos até quem fizesse o primeiro gol. Santos contava com a volta de Jair e Pagão, este último citado, dá um passe para Pelé e o Santos abre o placar aos 14 minutos, seis minutos depois, Waldemar Carabina, xerife alviverde faz uma falta dura em Pagão e mina o atacante santista, que se arrasta até o fim do jogo (na época não haviam substituições). Aos 42 minutos, Aldemar desarma Pelé, abre para Romeiro que bate cruzado, o zagueiro santista Formiga falha, fazendo a bola sobrar no pé do GENIAL Julinho Botelho. Um dos maiores pontas que o mundo do futebol já conheceu, de canhota empata a partida. Logo aos 3 minutos do segundo tempo, Romeiro bate uma falta perfeita sem chances para o goleiro Laércio, para muitos o gol de falta mais bonito da história palmeirense. O Palmeiras continuou melhor até o fim do jogo, colocou duas bolas na trave, além das defesas de Laércio.

Goleiro Láercio só observa o gol de Romeiro

Palmeiras Campeão, ou melhor, Supercampeão Paulista de 1959!!

Os 11 guerreiros alviverdes
Logo abaixo está os melhores momentos do último jogo da final!


Que em 2015 a história se repita e o Alviverde sagre-se Campeão Paulista em cima do Santos!


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Autor: Matheus

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