| Foto: Mateus Moreira/Verdão 24Horas. |
Contra o Savóia, lá em Votorantim, agradeça Bianco Spartaco Gambini pelo primeiro tento do Palestra. Isso, em 1915. Campeão pela primeira vez e sempre!
Agradeça Caetano pelo primeiro gol no Palestra Itália, refúgio palestrino. 1917 e sempre, nostra casa, nada apaga este sentimento.
Aplauda o belo time do Palestra de 1920, de Heitor, maior artilheiro da história do Palestra e do futuro Palmeiras, seu primeiro título desta mesma história contra o até então renomado Paulistano. O clube de origem imigrante já sentia que o DNA palestrino não tinha divisão de estado ou país. A raiz italiana só mostrava o misto de sentimentos de paixão e corneta aguda, aliado ao amor, que regenera qualquer resultado, estado e tempo.
Em 1933, reverencie o time que não só derrotou, mas humilhou sem piedade o Corinthians. 8x0 e o time preto no branco até hoje não anotou a placa do caminhão palestrino de Pelicciari, Imparato e cia. Está anotada na história como a maior vitória do verde contra o gigante alvinegro.
"Não nos querem Palestra, pois seremos Palmeiras e nascemos para ser campeões". Agradeça o Dr. Mario Minervino por resumir a transição de nome que teve o Palestra para Palmeiras. Se emocione com Oberdan que até os últimos momentos de sua vida colocava a mão no peito a cada hino do Verde. Ao time de 1942 que levou a bandeira do Brasil para o campo, contra o São Paulo, no Paulista daquele ano. Eles - os jogadores do São Paulo - fugiram. O Palmeiras chegou para ser campeão com virtudes palestrinas.
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| Arrancada Heróica, que perdeu acento e jamais sua história. Foto: Acervo Palmeiras. |
Agradeça o grupo de 1951, do gigante Waldemar Fiúme, que consolou o Brasil inteiro com a conquista do primeiro Mundial de Clubes. Ghighia calou o Maracanã em 1950, no ano seguinte o Palmeiras abraçou milhões e foi Brasil sem vestir o manto amarelo quando derrotou a fortíssima Juventus da Itália.
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| 1951: a volta pra cima do Brasil no futebol. Com o Palmeiras (foto: Memória Pública) |
Entenda o quão importante reconhecer a Academia de Ademir e Dudu, gurus do futebol nos anos 60/70. Tempo que foi o primeiro clube a representar o Brasil de amarelo, com todas as cores e credos frente à poderosa seleção uruguaia, em 1965. Bateram de frente com o elenco de ouro do Santos de Pelé também, foram além de tantos jogos épicos.
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| O Palmeiras foi Brasil e não decepcionou, vitória por 3 a 0 contra o Uruguai. Créditos na imagem |
Caminhe até 1993 como Evair fez. Abrace se puder. Agradeça bastante aquele que tirou o Palmeiras da fila. A Deus também. Evair era devoto e teve paciência para sua hora chegar. Como a nossa hora estava chegando também. Chegamos juntos. Até para quem não existia ainda, até para quem já sofria, chegamos. Que desandou a mesma fila conquistando diversos títulos depois.
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| 12 de junho de 1993, dia da paixão palmeirense. Foto: Placar. |
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| Final da Libertadores de 1999. Foto: Placar. |
Por que ser Palmeiras é tão abismal quanto ser um simples torcedor? Entenda a emoção do Animal, um tal de Edmundo que jogou até o final de 2007 no Verde. Desentenda também, pois o amor é irracional... irracionalmente palmeirense.
Hoje, 26 de agosto de 2015, se olhe no espelho e agradeça a si mesmo. Foi você que, mesmo que não tenha respirado toda essa história, sabe que a memória lida e vivida edifica a magnífica história da Sociedade Esportiva Palmeiras. Somos nós que temos que levar adiante tudo isso.
A cada tristeza, algo nos une. Cornetamos entre si. Somos chatos, por muitas vezes já nos sentimos desamparados por não vermos um time em campo. Só camisas. É pouco, mas é de porco quando outros tentam pisar no clube, ah, isso os chatos não deixam e almejam sempre defender o Palmeiras, mesmo sem entender como fazer, mas amando, dispensando qualquer explicação. Brigamos por tudo. Até em rede social, até sem querer, mas querendo o mesmo ideal: o Palmeiras vencedor.
São tantos ídolos que, fica fácil entender que toda luta pelo Verde não foi em vão. Até aqueles que injustamente não citei. Agradeça a quem te fez palmeirense. Abrace todos os palmeirenses que puder. O Palmeiras nos trouxe tudo, mesmo que muitos digam que não encha um prato de comida. Mas enche o coração de amor e isto está tão em falta quanto um prato de vida no peito das pessoas.
101 anos de Palestra, de Palmeiras, de vida, nossa vida. Minha vida é você. A esperança é verde!











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