História de vitória. De Vitória!


Hoje trazemos uma história de superação e um apelo. No "Outubro Rosa", o Paixão Palestrina se solidariza com as vítimas do câncer de mama e procura encorajar mulheres à realizarem os exames de detecção e prevenção dele. 

"Lutar ou se tornar vitima?

Sou a Marta, mãe da Vitória, a única menininha aqui do blog, e como estamos no mês de Outubro e ela foi um milagre na minha vida, vou contar um pouquinho da minha história a vocês...

Em julho de 1996, fui à ginecologista para consultas de rotina e comentei que meu seio pingou como se fosse leite. Não me apavorei, mas também não deixei quieto. Como eu só tinha 29 anos, a doutora não achava necessário eu fazer mamografia mas insisti pelo fato de já ter uma prima de segundo grau com câncer de mama. Ela disse que eu faria por desencargo de consciência.

Na época, fazia pouco tempo que havia me formado na faculdade, minha filha mais velha estava com 4 anos, e eu estava casada há 5. Então, foi me solicitado um ultrassom das mamas e a mamografia. No ultrassom nada foi encontrado, mas a mamografia mostrou nódulos com características duvidosas. Fui encaminhada a procurar um especialista (mastologista). Não perdi tempo e fui indicada por uma amiga a ir no médico que cuidara de sua mãe.

Fiz a biópsia na mama e em cerca de 15 dias saiu o resultado: era câncer mesmo. Pedi a Deus que cuidasse de toda situação, pois minha cabeça estava a mil. Ele, perfeito como é, preparou o melhor médico que eu poderia ter encontrado. O doutor se apresentou com um belo sorriso no rosto, colocou suas mãos em meus ombros e fomos conversando. Ali senti que era ele mesmo que estaria comigo nesta peleja. Pedi ao médico que acelerasse ao máximo o meu procedimento, pois tinha uma filha pequena e eu precisava viver por muitos anos ainda. 

Em agosto, eu já estava fazendo a mastectomia radical (precisei tirar a mama por completo). De um dia para o outro eu tive alta, e já estava animada. Tinha poucos dias para o aniversário da minha filha Thaís, que no dia 15/09 completaria 5 aninhos, então redobrei minhas forças e fé em Deus, comprei uma prótese móvel e a coloquei para poder comparecer à festinha. 

Outubro fui conhecer o oncologista (especialista em cânceres), e ele me passou 12 sessões de quimioterapia. Relutei, a principio, porque não queria perder meus cabelos, mas não havia jeito algum, e então o médico me explicou que era questão de vida. Passei em outro médico, que me passou 30 sessões de radioterapia. As 4 primeiras sessões de quimio foram as vermelhas. Então na segunda sessão, meus cabelos já começaram a cair. E doía, pois sentia os cabelos pendurados pela raiz. Então, sem outra outra opção, raspei meu cabelo e coloquei uma peruca. Na época por ter uma filha pequena, achei que era o melhor, pois seria difícil explicar a ela porque estava sem cabelo. 

Ao término das 4 quimios vermelhas, meus cabelinhos começaram a nascer novamente. Foi só alegria! Fiquei livre da peruca, que pelo menos para mim, era uma coisa horrível, que coçava e sempre estava torta hahaha. Entre quimioterapias e radioterapias, 9 meses se passaram... Ao término deste período, comecei a fazer retornos mês a mês. Depois de 3 em 3 meses, 6 em 6 meses... Com um ano da mastectomia, fui fazer a reconstrução com prótese, e foi mais uma loucura, pois a cirurgia durou 7h. Mas saí feliz, pois tinha mama novamente. E foi neste período que o médico perguntou se eu não queria tentar engravidar de novo. Que medo!!!! Que loucura!!! Afinal, já tinha ouvido que eu poderia ficar estéril ou o câncer voltar por causa dos hormônios. Conversei com o meu esposo e disse para tentarmos, e que se fosse da vontade de Deus, daria certo...

... Shazammmmm, engravidei na primeira tentativa. Meses depois descobrimos que era uma menina e não havia nome mais perfeito para ela do que Vitória. Dia 15/09 (dia do aniversário de 8 anos da Thaís) comecei a ter contrações e a Vitória veio como milagre no dia 16 de setembro de 2000. Presente para nossas vidas, de amigos e familiares, e agora, ela completou 15 anos de pura alegria e confiança no Deus único que servimos. Da quimio ganhei 12 kilos extras, da radio algumas queimaduras na pele, na alma a alegria de ter amigos, família e um esposo que nunca me abandonou, e no espírito a gratidão de um Deus que nunca nos abandona. 

Bem esta é minha história e hoje me sinto feliz, plena, realizada e curada. Às mulheres: não deixem de fazer os exames!!! Qualquer anormalidade vá ao médico, questione, lute pelos seus direitos. E se algo aparecer, não se apavore, Deus é maior que qualquer doença, e deixou médicos e a tecnologia a nosso favor!"

- Marta Rebelo, mãe de palestrina e vítima do câncer de mama
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Autor: Unknown

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