A Academia Eterna do Palmeiras - Luís Pereira

Crédito: Acervo do Palmeiras

Luís Pereira tinha um pouco de Animal sem saber no nome. Edmundo, no caso. Mas sabia que significava demais por ser um dos maiores zagueiros da história do Palmeiras, na direita, o maior deles.

Baiano, fisicamente forte, técnico, com o pensamento de atacar e não de defender, antes de se tornar profissional, Luís Pereira atuava como atacante, depois, felizmente, foi colocado na zaga até se encontrar e assimilar sua posição. O "Luís Chevrolet" - carinhosamente apelidado por ter jogado numa equipe de fábrica da General Motors - teve, profissionalmente, sua estreia no São Bento de Sorocaba, em 1967. Uma grata revelação.

Chegou ao clube de Palestra Itália em 1968 após despontar no clube do interior e demorou quatro anos para ser firmar como titular, mas quando foi...

A 2ª Academia

Técnico e ágil; completo! Crédito: Gazeta Esportiva

A primeira Academia manteve alguns de seus principais valores, como Ademir da Guia e Dudu. Luís Pereira fez parte da segunda Academia palestrina, jogando de 1972 a 1975, numa equipe tão mágica que justificava tal moral. Fundamental em conquistas estaduais e nacionais, além do torneio Ramón de Carranza, o zagueiro jogou a Copa do Mundo pelo Brasil em 1974, um ano depois se transferiu ao Atlético de Madrid.

Junto com o atacante Leivinha (á direirta) no Atlético de Madrid. Época vitoriosa. Crédito: colchoneros.com
Luís Pereira voltou ao Palmeiras em 1981, honrando o manto palestrino até 1984, na famosa - e ingrata - década pesada de ausências de conquistas no alviverde. Rodou diversos clubes grandes como Flamengo (pouco antes de acertar sua segunda passagem pela SEP) e Corinthians, se aposentou aos 47 anos  de idade no São Caetano e há mais de 10 trabalha como coordenador no Atlético de Madrid.

Vivemos num tempo que zagueiro é apenas raça e estourar bola para o lado, erguer a cabeça é luxo e ter capacidade é um raio que não costuma ser trabalhado. Luís Pereira representou uma classe de defensores de cabeça erguida e moral exemplar. Hoje, crítico sobre assuntos diversos. Luisão deixou um enorme rastro de qualidade por onde passou.

O zagueiro que queria ser atacante não tinha medo de quem atacava sua defesa e retrucava em campo e fora dele também nas entrevistas. Era um defensor árduo na área e na técnica também, como peça fundamental no clube brasileiro e espanhol. Cresceu na base de humildade e treino, não necessariamente nesta ordem. Mas a ordem é sempre respeitar, ainda mais quem soube vestir como poucos a camisa verde palestrina.

Coordenador no Atlético de Madrid B. Crédito: site oficial do Atlético de Madrid

O Palmeiras é cem vezes você e mais um pouco e o quarto componente da Academia Eterna pertence ao Luís Pereira de milhões de defensores palestrinos.

FICHA TÉCNICA
Juazeiro (BA), 21/6/1949
Luís Edmundo Pereira
Zagueiro
Palmeiras. de 1968 a 1975 e de 1981 a 1984
586 jogos, 35 gols
3 Brasileiros (1969, 1972/1973)
2 Paulistas (1972 e 1974)

Agradecimentos e referências: site tardesdoparcaembu.wordpress.com e o livro "Palmeiras, 100 Anos de Academia" de Mauro Beting e grande equipe.


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Autor: Thiago

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