Em 2007, infelizmente o joelho fraquejou. Doeu e dói até hoje. O coração, não. Nem pensar. Mentira. Nem sonhando como sonho. Doeu em 2012 mais que o ligamento. O jornalismo sofre um pouco também.
Quando o futebol não daria futuro, pensei que nada mais daria e não me doaria para mais nada. Nem ninguém. E que ninguém mais se doaria por mim. Errei. Me apaixonei pelo jornalismo em 2007. Não mais apaixonado pelo meu clube. Sociedade Esportiva, no caso.
Passava noites acordado com o abajur ligado e ouvindo rádio. Lendo gibis, depois livros; qualquer coisa para aprender. Viver. Meus melhores amigos foram os sons que saíram daquele rádio velho e acabado. Alguns jornalistas viraram amigos meus e sequer sabiam disso; propuseram aprendizado. Hoje, alguns são de verdade.
Separar o Thiago torcedor do Thiago Alves que sonha com o jornalismo é tão difícil quanto marcar Ademir da Guia e ser tão mágico quanto Sócrates. Mas o Thiago torcedor entende o Thiago do jornalismo e muita gente não entende isso. Paciência.
Ser justo custa caro. Talvez muitos tentem tirar a identidade do profissional por isso ou fazer o jornalista ser menos que os demais. Não que ele seja mais. Mas são iguais após o expediente.
O Thiago viajou horas para sofrer pelo seu time no basquete palestrino, entende o Thiago Alves, sim, ele escreveu sobre seu time rival. O jornalista - ou o estudante, como quiserem - nada mais é que um ser humano como qualquer outro. A Ana também. Ela mandou um "chupa!", da mesma maneira que você mandou para o time dela, quando o Tolima aprontou. Mas ela não estava ligada à profissão nem tinha a maturidade de hoje. Como muitos não perceberam e tantos outros que retrocederam nas ofensas gratuitas. Torcedor cobrou caro alguém que não beija o mesmo escudo que o dele, e deixou de lado o fato de haver descuido algum na maneira deste trabalho ser valorizado.
Sabia há um bom tempo o clube que ela torcia e discordava de alguns pensamentos dela. Isto é normal. E nunca, em seu trabalho faltou com o respeito sobre a Sociedade Esportiva. Da mesma maneira que busco não faltar sobre o time da Ana nem de ninguém. Mas não nasci dentro de uma faculdade de jornalismo. Mandei poucas e boas aos rivais quando a cabeça esquentou no passado. E ameaça esquentar cada vez mais quando a injustiça é evidenciada. Mas busco imparcialidade. Me cobro respeito todo dia sem saber se do outro lado será recíproco.
Continuarei na Turiassu. Mas o destino pode me levar a outros rumos, como já escrevi sobre outras cores, mesmo amando tantos as minhas e nostra história.
Lamento pela Ana corinthiana, Ana palmeirense e qualquer outra pessoa ao passar por uma situação do tipo. Cobre imparcialidade do jornalista e redobre a humanidade de si mesmo.
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